sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aquela tarde na vida de António C.


António C. tinha naquele dia uma reunião importante, marcada para as 18 horas e 17 minutos, para a qual precisava da se deslocar no seu automóvel, do sítio onde estava para outro local.

Quando na hora que considerou oportuna se meteu a caminho foi envolvido, 9 minutos depois de começar a circular, por uma colisão que tinha ocorrido entre duas viaturas.

O tempo foi passando e não havia meio de sair do sítio onda se encontrava. Começou a ter percepção de que não ia conseguir chegar a horas á reunião. Interiormente a representação mental da circunstância tornou-se frustrante, grave e penalizadora, comentado para si mesmo: “Porque é que não saí uma hora mais cedo?” “O que vão dizer de mim os que estão á minha espera, se nem sequer os posso avisar do sitio onde estou?” “Porque é que, ao contrário do costume, logo hoje me esqueci de trazer comigo o telemóvel?” “O pior é que esta reunião pode ser decisiva para a minha vida profissional!”

Como o objectivo lhe criara um certo grau de exigência (porque representava para si uma reunião importante) e não tinha recursos para ultrapassar a dificuldade encontrada, a ocorrência tornou-se indutora de stress. É natural que devido ao facto se começasse a sentir irritado, com o coração a “bater depressa demais”, a pensar continuadamente nas circunstância e nas consequências que poderia vir a ter e a sentir-se bloqueado para tomar uma decisão que permitisse ultrapassar o que lhe estava a acontecer.



Em suma, estamos perante uma situação de stress excessivo.

                                                                                    In: O Stress na vida de todos os dias, Adriano Vaz Serra

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