sábado, 29 de maio de 2010

sábado, 22 de maio de 2010

Caros leitores,

No dia 22 de Maio de 2010, neste mesmo local deste blogue, haviamos publicado uma mensagem que intitulamos  "O produto final tão esperado...". Seria suposto nesse momento postarmos uma reflexão sobre a finalização de um projecto que ao longo do ano lectivo realizamos e reflectirmos sobre o mesmo. Lamentavelmente, e em função do nosso estado de espirito do momento, movido por acontecimentos ligados à execução do projecto, publicamos algo que hoje, e de cabeça mais fria, consideramos que nunca deveria ter sido publicado neste sitio. Assumindo a nossa responsabilidade  estamos hoje contudo aqui a publicar o nosso pedido de desculpas a todos os que possam sentir-se atingirdos pela publicação anterior e agora assim, a fazermos uma reflexão sobre a etapa final do nosso trabalho. 
No dia 21 de Maio de 2010 pelas 21horas e 30 minutos, deu-se inicio no Auditório da Escola Secundária do Castelo da Maia,  à apresentação final do projecto "Stress, desporto e quotidiano". Contámos com a particpação do Prof. Doutor Francisco Machado, psicólogo e doutorado em Psicologia da Escolar e da Educação, e o professor e treinador das camadas jovens de fubebol competitivo, dr. Eusébio Pedro. A sessão iniciou-se com a apresentação dos resultados obtidos no trabalho que o nosso realizou e que procuraram caracterizar os factores de stress em 3 comunidades: a comunidade escolar, com a apresentação de resultados de um grupo de professores e de alunos da E.S.C.M., e de uma comunidade desportiva, com a apresentaão de resultados obtidos por um grupo de jogadores de futebol das camadas jovens. Assim, os elementos do nosso grupo procederam à apresentação do trabalho realizado, ao que se seguiu o comentário dos dois convidados sobre o estudo efectuado, contextualizando os resultados encontrados na realidade portuguesa.
A participação dos nossos convidados foi muito gratificante, na medida em nos mostrou que seguimos a direcção correcta ao termos decidido estudar as questões do stress, que cada vez mais está presente na vida de todos nós. Foi ainda importante proquanto nos permitiu compreender que as dificuldades que nós fomos sentindo ao longo da elaboração e desenvolvimento deste projecto de investigação, são próprias de qualquer processo do mesmo tipo.
Foi aberta a discussão ao público que particpou activamente.
Não queremos deixar passar este momento, sem expressarmos mais uma vez, o nosso agradecimento aos convidados que abrilhantaram a nossa noite, a todos os que estiveram presentes, bem como às psicólogas estagiárias da Escola, Drª Cecilia Loureiro e Drª Ludovina Azevedo, pelo apoio e orientação em todo o projecto, bem como à Linha de Investigação em Psicologia da Saúde e Saúde Ocupacional (HOHP), do Instituto Superior da Maia, responsáveis por um conjunto de instrumentos de avaliação psicológica que integraram os nossos questonários, pelo tratamento estatistico dos dados, bem como pela interpretação dos resultados obtidos.
Com a elaboração deste trabalho tivemoss a oportunidade de compreender de um modo mais consistente, como nos dias de hoje, todos nós nos encontramos expostos a factores de stress, que perturbam o nosso bem--estar e a nossa qualidade de vida e como é importante a adopção de estilos de vida saudaveis para conseguirmos fazer face a esses factores, particularmente a prática de uma actividade desportiva. Julgamos ter dado um pequeno contributo para o conhecimento de uma realidade identificando problemas e permitindo que quem tem responsabilidade na organização e gestão tanto da comunidade escolar como da desportiva, a partir dos resultados que encontramos possa adoptar meios para os resolver. Por isso, estamos conscientes que cumprimos a nossa missão enquanto alunos do 12º Ano de Área Projecto, e estamos cientes que com todo este trabalho crescemos enquanto pessoas, e estamos de parabéns.

29/05/2010

O grupo:
StressEscola

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Respostas ao stress




Quando uma situação é interpretada pelo nosso cérebro como uma ameaça, desencadeia-se um conjunto de respostas orgânicas e psicológicas. As primeiras são controladas pelo sistema nervoso simpático e pelas glândulas endócrinas: a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol produzidos pelas supra-renais são lançados no sangue; o ritmo cardíaco é acelerado; os vasos sanguíneos periféricos contraem-se para favorecer a circulação de mais sangue para determinadas áreas do corpo; a tensão muscular aumenta, assim como a transpiração. Todos nós reconhecemos o efeito destas alterações orgânicas quando estamos perante uma situação que nos provoca stress e que visam preparar o organismo para reagir. Esta primeira fase, designada por fase de alarme, pode, se se prolongar no tempo (fase de resistência), afectar o sistema imunitário fragilizando o organismo. Se a situação permanecer, podem ocorrer doenças como, por exemplo, úlceras gástricas, doenças cardiovasculares, etc. (fase de esgotamento ou burnout).

Para alem das respostas orgânicas, há um conjunto de respostas psicológicas ao stress. O comportamento que decorre de uma situação de stress manifesta-se pela irritação, palidez, agressividade, etc. (resposta comportamental). As situações de stress provocam respostas emocionais que se traduzem por emoções como a ira, a frustração, fúria, etc. Os efeitos da vivência de uma situação de stress mantêm-se no nosso pensamento mesmo depois de a situação que a motivou já não existir (respostas cognitivas).



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aquela tarde na vida de António C.


António C. tinha naquele dia uma reunião importante, marcada para as 18 horas e 17 minutos, para a qual precisava da se deslocar no seu automóvel, do sítio onde estava para outro local.

Quando na hora que considerou oportuna se meteu a caminho foi envolvido, 9 minutos depois de começar a circular, por uma colisão que tinha ocorrido entre duas viaturas.

O tempo foi passando e não havia meio de sair do sítio onda se encontrava. Começou a ter percepção de que não ia conseguir chegar a horas á reunião. Interiormente a representação mental da circunstância tornou-se frustrante, grave e penalizadora, comentado para si mesmo: “Porque é que não saí uma hora mais cedo?” “O que vão dizer de mim os que estão á minha espera, se nem sequer os posso avisar do sitio onde estou?” “Porque é que, ao contrário do costume, logo hoje me esqueci de trazer comigo o telemóvel?” “O pior é que esta reunião pode ser decisiva para a minha vida profissional!”

Como o objectivo lhe criara um certo grau de exigência (porque representava para si uma reunião importante) e não tinha recursos para ultrapassar a dificuldade encontrada, a ocorrência tornou-se indutora de stress. É natural que devido ao facto se começasse a sentir irritado, com o coração a “bater depressa demais”, a pensar continuadamente nas circunstância e nas consequências que poderia vir a ter e a sentir-se bloqueado para tomar uma decisão que permitisse ultrapassar o que lhe estava a acontecer.



Em suma, estamos perante uma situação de stress excessivo.

                                                                                    In: O Stress na vida de todos os dias, Adriano Vaz Serra

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

  Entendendo por stresse todo o conjunto de respostas psíquicas e / ou físicas que o ser humano elabora como forma de reacção a um estimulo exterior, é de fácil percepção a impossibilidade de escapatória a este, por parte do ser humano.


  Ao elaborar e analisar estudos relativos à temática do stresse, vêmo-nos obrigados a tratar conceitos como os de Eustress e Distress. Relativamente ao primeiro, percebemos que constitui o stresse tido como positivo e, de certa forma, saudável, contrariamente ao segundo que já vai representar o oposto deste. Assim, Distress é encarado como o stresse negativo e prejudicial ao alcance de certas metas.

  Não obstante, a presença contínua a factores stressantes, em todo e qualquer ser humano, é fundamental. Somos assim obrigados a perceber que todas as pessoas que nos rodeiam são, definitivamente, abrangidas pelo stresse proveniente das mais diversas situações que, por sua vez, advém dos denominados stressores. Por outro lado, mesmo em dois indivíduos que apresentem o mesmo tipo de stresse, num determinado momento, os níveis de stresse não são iguais, verificando-se uma permeabilidade e um elevado grau de afectação, relativamente a diferentes estímulos e distintos acontecimentos.

  Estudos científicos demonstram que a dificuldade em processos, como por exemplo, o de aculturação e o de socialização, podem ser considerados factores preponderantes a um aumento abrupto dos níveis de Distress.

  Para concluir, verificamos que os stressores são elementos variáveis de indivíduo para indivíduo e que, muito possivelmente, tem como base o processo de individuação. Concluímos ainda que para nos defendermos do stresse, deveremos começar por identificar as suas causas e perceber que a auto-instrução e autodomínio são essenciais. Retira-se ainda a conclusão de que várias pessoas encontram os seus próprios mecanismos para fazer face ao stresse, confrontando os seus problemas e elaborando planos para os solucionar e que a ansiedade, causa de grandes problemas de stresse, acaba por desaparecer passado algum tempo. Pode-se verificar que a preocupação é uma actividade inútil que em nada serve às necessidades e objectivos humanos.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Generalidades sobre Stresse

O que é o stresse?

    O stresse é a resposta do organismo a acontecimentos que provocam desequilíbrios no seu bem-estar. É um mecanismo de protecção que nos fornece condições para enfrentar as dificuldades. O stresse, até determinado nível, é benéfico porque os estimula a responder a situações desafiantes. É provocado por qualquer acontecimento – positivo ou negativo – que nos obriga a mudar de comportamento. Situações tão diversas como doenças, incêndios, terramotos, situações de guerra, apresentação de um trabalho, dificuldades económicas, mudança de emprego ou de escola, etc., podem ser geradoras de stresse.
    O modo como diferentes pessoas encaram estas situações é diferente; e a mesma pessoa pode reagir à mesma situação de modo diverso. A forma como a situação é interpretada, o apoio que se pode ter por parte dos outros, as experiências vividas são alguns dos factores que explicam as diferentes maneiras de se reagir.

Respostas ao stresse

    Quando uma situação é interpretada pelo nosso cérebro como uma ameaça, desencadeia-se um conjunto de respostas orgânicas e psicológicas. As primeiras são controladas pelo sistema nervoso simpático e pelas glândulas endócrinas: a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol produzidos pelas supra-renais são lançados no sangue; o ritmo cardíaco é acelerado; os vasos sanguíneos periféricos contraem-se para favorecer a circulação de mais sangue para determinadas áreas do corpo; a tensão muscular aumenta, assim como a transpiração. Todos nós reconhecemos os efeitos destas alterações orgânicas quando estamos perante uma situação que nos provoca stresse e que visam preparar o organismo para reagir. Esta primeira fase, designada por fase de alarme, pode, se se prolongar no tempo (fase de resistência), afectar o sistema imunitário, fragilizando o organismo. Se a situação permanecer, podem ocorrer doenças como, por exemplo, úlceras gástricas, doenças cardiovasculares, etc. (fase de esgotamento ou burnout).
    Para além das respostas orgânicas, há um conjunto de respostas psicológicas ao stresse. O comportamento que decorre de uma situação de stresse manifesta-se pela irritação, palidez, agressividade, etc. (resposta comportamental). As situações de stresse provocam respostas emocionais que se traduzem por emoções como a ira, a frustração, a fúria, etc. Os efeitos da vivencia de uma situação de stresse mantêm-se no nosso pensamento mesmo depois de a situação que a motivou já não existir (respostas cognitivas).
    Recentemente, o investigador Kent Berridge, psicólogo na universidade de Michigan, descobriu que o stresse activa no cérebro um mecanismo hormonal que faz com que as pessoas sejam mais propensas a comer doces, consumir drogas e apostar em jogos de azar. Segundo ele, “a substância química do stresse activa o mesmo mecanismo cerebral que se altera por efeito das drogas e que faz com que se desejem, de maneira excessiva, os objectos desejados”. Explicar-se-ia, assim, porque é que as pessoas que sofrem de stresse têm mais possibilidades de sentir desejos mais intensos por recompensas que se possam satisfazer de forma compulsiva com actividades que gerem prazer, como comer ou consumir drogas.




In  “Ser humano”, psicologia B 12º ano